domingo, 8 de julho de 2012

CASA BRANCA




Sinto me neste momento,
Numa solidão total,
Buscando no pensamento,
As recordações de um passado,
Não longínquo mas apodrecido
Pelo que passa dentro daquela casa,
Na busca de elementos que eu sentia
Corrente, nos melhoramentos, que escrevia.

Minha visão, era espontânea
Vislumbra, um virar da paisagem
Da noite, para o dia,
Tons verdes, azul, amarelo e escuridão
Surgem reflexos lá longe,
De uma silhueta bem alta,
Casa no alto, branca, mesmo no centro do nevoeiro
Por mais que olhe, em nada é feio.

Mais perto, brilham objectos cintilantes,
Que circundam na estrada, quatro rodas marcantes,
Pela velocidade da luz mas, distantes
Bicos de arvoredo, como poste virados ao ar
Parecendo desta janela, como picos,
Na busca de nos querer matar,
Nos campos, extensos e verdejantes
Nada, por mais que olhe é como antes.

O sol, reflete nas ombreiras
Criando sombras obscuras,
Cegando piedosamente as sobrancelhas
Para que não veja, há minha volta,
Tudo quanto passa, no seu interior, a podridão
Mesmo até, por aqueles que se desgraçam,
Casa grande, branca e escura, avermelhada
Por muitos, que por lá passam, amaldiçoada.

Pelas recordações, antes passadas
Interior, marcante na vida
Movimento constante, (entrar e sair)
A cada momento, caras novas,
Notícias do mundo, na volta
Por todo aquele tempo, que andaram á solta,
Agora? Tarde de mais, passado,
Liberdade querida, foi só um bocado.

É possível me encontrar
Porque estou parado,
Restrito a movimentos físicos,
Dentro de um pavilhão fechado,
A ideais, completamente diferentes
A todos quantos aqui passam, as gentes,
Sou um só, na imensidade da solidão
Escrevendo palavras, que saem do coração.


ESCRITO POR, ARMANDO JORGE SILVA MARQUES


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