quarta-feira, 10 de abril de 2013

CALICE DO AMOR





Teu corpo solto
Abandonado ao êxtase do bem estar
 Sonhando com as tuas curvas
Tortuosas e excitantes,
São varridas pelo tecido, que envolve a pele,
Que desliza em uma cantiga,” acalanto”
Tua carne desnuda, túrgida, alva, tremula
Palpitar de fruta fresca
Teus olhos, iluminam o quarto
Tua boca tece o silêncio
Teus ouvidos segredam notas
Teus seios macios, salientes, quentes e doces
Que minhas mãos envolvem
A descobrirem, os róseos medalhões
Que tocam o céu.
O céu de minha boca, faminta, sedenta
Tuas pernas, como colunas formando um arco
Arco de flores, roliças que se abrem
Como portais intemporais, descerram imbecilizado vislumbro.
Tua corbelha de flores; Flor de lótus, Pérola oculta,
Tua Rosa que desabrocha, Tua flor que aflora
Beijo teus vermelhos lábios, longamente,
Vasculho essa mística boca, entre doces pétalas
Dela, extraio o néctar, polinizo assim minha garganta
Mas o desejo de cobri-la de, conquistá-la, feito guerreiro
Só e derradeiro...
Numa fusão de corpos de suor de carne de calor
Meu velo de couro, devagar, invade tua rubra taça
deflora tua flor que aflora
Possui tuas entranhas, latente pulsa e impulsa
Entre sussurros desconexos e  imagens a fins
Derramo o leite dos Deuses,  transbordo
Teu cálice de Amor.


Escrito por, ARMANDO JORGE SILVA MARQUES