segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

SOLITÁRIO




A solidão, às vezes nos atormenta.
 E destrói o sonho, numa manhã calma
 Como essa tristeza do primeiro dia, no desemprego.
 Daquele momento em diante a vida deixa de ter sentido.
Mas, ao passar pela escola cá do sitio, parei no portão,
Vi um jovem quando ele beijava uma garota lá do colégio.
 E a convidava para um quarto de hotel,
Num último olhar, quando ela desapareceu. 
Fiquei a pensar! Estas crianças! Que havemos de fazer!
Às vezes, tenho a recordação de quando era jovem também, quantos, quantos sonhos?
 Às vezes, neste porto sem sentido ao longo de todos estes anos paramos para sonhar,
mas?
Tudo aconteceu diferente e sem que alguém quisesse ou deixa-se mudar
Um só dia seria suficiente, para ter a certeza de que o caminho escolhido não seria,
O último a ser capaz de dizer: eu amo, estou esperando, não se esqueça 
Cansado de loucas tempestades, como o bêbado num navio no alto mar, 

Já não quero nada, mas um grande silêncio. 
E alguém que entenda a minha dor sem nome, 
Alguém que ouça a minha saudade sem palavras; 
Alguém que viva com uma brilhante alma, protegendo-a
Sem remover a paz de Deus descansando sobre a Paixão, 
Alguém com o coração numa fúria calma, 
Para que possa colocar nas suas mãos meus olhos
Humedecidos e misericordiosos. 
Mas, Onde está? Esse alguém! -Depois de um silêncio.
Qual o caminho? Oh, quão cego! Simplesmente seguirei em frente.
Porque todos os meus caminhos vão dar a essa imaginação, 
É difícil agora encontrar esse ser tão perfeito aos nossos olhos 
É difícil sim
Daí ser ou ficar Solitário.


Escrito por, ARMANDO JORGE SILVA MARQUES