sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O MEU ESPELHO




Todo mundo está tentando enganar-me,
Acreditam que sabem quem sou.
Mas, por mais que tentem investigar, não conseguem encontrar-me
Aqueles que nunca me procurou.

Pois sou a vossa semelhança
Traduzida nesta Constância de vida
Desde que sou criança
Que vejo todos os dias a minha silhueta refletida.

Posso ver com os meus próprios olhos,
A deformidade horrível que reflete no espelho
A pele se vai enrolando aos molhos
Estragando-me e fazendo sentir-me mais velho.

Tento olhar melhor, tento não ver muito
Mas, não posso! Continuar a esconder o decorrer dos anos
Às vezes, há tentações para sobremesas, ricas de consumo!
Em que tudo nos apetece comer? Sem que em nada nos lembramos

Absorvendo e deliciando frequentemente
Enganando-me nesta tormenta
Pelo espelho, refletindo na mente
Neste corpo que já em nada se a contenta

São anos que vão passando
De, um Anjo já crescido
Esquecido pela crença Divina,« memorando »
Pelos sessenta anos vividos

Já por isso, peço a toda a hora
A meu espelho, envelhecido
Reflete por favor!!, as imagens de outrora
Para sentir-me rejuvenescido

E assim com ar de graça
Os anos vão passando
Com o Pai, que comigo engraça
Neste mundo se desgraçando.





Escrito por,  ARMANDO JORGE SILVA MARQUES