quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

DESILUSÃO




Nunca tive tamanha desilusão

Desde que me conheço
Já não basta as do coração
Vem agora numa vida de começo

Só temos quem atrapalhe na nossa razão
Até colocando em causa a virtude
Mesmo quando estás em má situação
Na vida ou na saude

Por mais que peças ajuda
Nada ou ninguem te ouvirá
Até a familia se torna muda
Criando mais tormenta que te afastará

Daí a melancolia e te sentires só
Viver com a sua propria emoção
De não ter por em nada dó
Familia e amigos nesta desilusão




Escrito por;  ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

SERENO





Olhando para o ceu
Vejo tudo sombrio
Não parecendo um véu
Porque estava escuro e frio

Assim permaneci um tempo
Olhando bem para a imensidão
De todo o firmamento
Ao alcance da minha visão

Humidade, vai para este dia
Espiritual, serena e vazia
Enquanto eu me aprecebia
Por momentos o que via

Mantendo silencio,porque estava
Continuo e apreensivo
Pelo tempo que irmanava
Nesta escrita sem motivo



Escrito por; ARMANDO JORGE SILVA MARQUES                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    

MEDO




Meu coração chora
Pelo sofrimento da vida
Tambem pelo amor que demora
A revelar o que sentia

Amor ainda não revelado
Na pessoa que comigo está
Pelo seu tremendo passado
E pela vida que foi muito má

Nas relações que tivera então
Até no seu casamento
Agora tem medo de abrir seu coração
E expandir o seu sentimento

Vive e viverá comigo
Sendo a mim que ela vai querer
Tambem pelo amor contido
No meu coração a sofrer


Escrito por; ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

SALA DE ESPERA




Enquanto esperava em silencio
Vejo tudo o que me circundava
Caras diferentes naquele momento
Dentro desta sala

Umas com sofrimento
Outras na esperança, melhora
Da rapidez do tratamento
Outras com lagrimas, que chora

Gemendo muito baixinho
Crianças sem atenção
Colocando se no caminho
Criando total confusão

Assim vou passando o tempo
Para a minha vez chegar
Consulta para o momento
Cardiologista me consultar


Escrito por; ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

ERAM QUATRO














Quatro macaquinhos a passearem
Que já não eram meninos
Porque deixaram de mamarem
E coçavam muito seus corpinhos

Porque com tanto calor                                                         
Abraços e sorrisos pelo meio
Olhares discretos com favor
Para ver e comentar quem era feio                                   

Juntaram-se para a festa
E era um abrasar
Beijando-se entre a testa                                                                                    
Para não se sujar

Entre todos os que passavam
Olhando tambem para este frenesim
Que por momentos paravam
Suspirando mesmo assim



Escrito por; ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

terça-feira, 29 de outubro de 2019

FONTAINHAS




Desde que nasci mesmo sem querer
No coração contigo vivi
Ainda neste momento fiquei sem saber
O que todo este tempo por ti senti

Era a minha mãe que ai nasceu
Cresceu com toda a familia e irmãos
Meu pai tambem por ali a conheceu
Dando assim a uma grande união

Nascendo seis dessa comunhão
Que pelas fontainhas tambem brincaram
Minha avó materna a conheci então
Tia Micas e Zulmira que tambem moravam

Há! Grande festa do S. João, noitada
Carroceis, pistas de automoveis, choque
Farturas e muita sardinha assada
Fogo de artificio era o mote.







Escrito por; ARMANDO JORGE SILVA MARQUES


segunda-feira, 28 de outubro de 2019

RUA





Ao som de uma musica suave

Tocada na radio RFM
Minhas ideias fluem sem maldade
Nesta vida corrida sem M

Vou vendo tudo que me rodeia
Ate quem passa na rua
Pessoas de idade que nela passeia
Caminhando como se fosse sua

Descuidadamente ate se atropelando
Sem se preocupar com o restante
Por cada metro se mudando
Nesta rua constante

Vejo tambem gente se juntando
Conversando se ligar ao perigo
Se vao amontoando
Mas, mesmo assim nao ligo


Escrito por; ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

terça-feira, 1 de outubro de 2019

ÁRVORE DA FORCA

















No jardim da forca, estava lá sentado
Mesmo em frente ao palácio da justiça
Logo começaram passado um bocado
A juntar-se pombos, pardais e uma preguiça

Perguntavam entre si em alto murmúrio
Que estaria eu, ali a fazer tão cedo
Não me conheciam e julgavam-me mudo
Porque estava em silêncio que metia medo

Estava ali já fazia muito tempo
Não era normal sendo a primeira vez
Olhando fixamente para o vento
Que deslizava na árvore com rigidez

Ela é muito famosa
Nesta cidade e da justiça
Está no Porto toda esplendorosa
No templo que ninguém a cobiça


Escrito por; ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

OUTONO










Dia 23 de Setembro não importa o ano
Com pouco sol e muito encoberto
Manhã nove horas e 21 para ser exacto
Entrou o Outono no tempo certo

Olhando para o movimento das árvores
Verifico que toda a sua folhagem
Vão esvoaçando pelos ares
Também correndo no rio para a margem

Fico vislumbrado com tanto fervor
No movimento das cores com o vento
Dando a minha visão uma cor
Que me transporta no tempo

Para lugares longínquos que vivi
Outono, outono verde, castanho e branco
O quanto contigo sofri
Ate na esperança escrita tive encanto




Escrito por;ARMANDO JORGE SILVA MARQUES






sábado, 28 de setembro de 2019

FOTO








Estava á beira mar
Com muito trabalho
Na faina a pescar
E fiquei bastante cansado

Ao sentar me logo virei
No grande cais molhado
Foi quando a encontrei
E fui fotografado

Me pediu desculpa
Ao seu geito
Com autorização e sem culpa
Esta mulher já o tinha feito

E assim lá fotografou
Com muita inteligência
Este homem que aqui estou
Com toda a paciência



Escrito por; ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

terça-feira, 24 de setembro de 2019

RELAXADO






Sentado uma vez mais descansado
No jardim da Cordoaria
Escutando e observando
O chilrear do melro e da cotovia

Vejo com tempo o que me rodeia
O passarinhar dos turistas, a curiosidade
Dos pombos e a constante busca semeia
Do melro na recolha da sua preciosidade

Duas senhoras, conversando entre si
Crianças brincando no escorrega
Tudo numa sintonia envolvente, Mi
Sensivelmente nesta corrente nega

Que o momento me trouxe para aqui
Com um pequeno raio de sol
Que já muito não senti
No rosto de estar só


Escrito por; ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

IMPREVISTO







Enquanto esperava alguém me incomodou
Nos ouvidos sussurrava muito baixinho
Nem sequer para mim olhou
E falava com todo o carinho

Com tanto frio local
Que no ar emanava
Tremi. Sentindo-me mal
Era coisa que não contava

Olhei e tornei a olhar sem nada ver
Quase sem me poder tocar
Meu corpo começou a aquecer
Meus poros a se molhar

Pois foi tudo um imprevisto
Passado naquele momento
Lá longe me deu um sorriso
Com todo o agradecimento


Escrito por; ARMANDO JORGE SILVA MARQUES


domingo, 22 de setembro de 2019

MAS






Mas, afinal que faço nesta vida
Se nada me impede ou ajuda
Até o amor eterno foi de fugida
Tornando se completamente muda

Mas, que mal fiz eu a este mundo
Para sustentar ou alimentar
Amores que me ignoram muito perfundo
E vão dizendo muito baixinho me amar

Mas para quê, criar ilusões
Para não revelar as suas necessidades
Publicas ou privadas de emoções
Escondendo realmente todas as realidades

Viver com todos estes Mas
No dia a dia há minha volta
Encobrindo de todos que a vida não tem MAS
Mas, o melhor será andar á solta



Escrito por; ARMANDO JORGE SILVA MARQUES


DOR DE BARRIGA






Descontraído fui numa correria
Quando  nada poderia prever
Com minha barriga vazia
Reclamava o que queria fazer                                                                                            

Sempre sempre revoltada
Parecendo relampejar
De mansinho eu parava
Só para a tentar acalmar

Mesmo assim dava trabalho
De tanto se revoltar
É que nao parava um bocado
Enquanto nao despejar

doía de tanto reclamar
Sempre com vontade de largar
Por isso tive de parar
Libertando a para poder aliviar



Escrito por; ARMANDO JORGE SILVA MARQUES


domingo, 8 de setembro de 2019

VENTO



Leva o vento para a margem
O tempo de quem se esquece
Do ar de quem vai e vem na aragem
E nunca a ele merece

Mal do mundo em que vivem
E da sociedade que passam
Também para nao sentirem
O quanto se desgraçam

Contando historias por onde andam
Contos e sonhos sem real
Na esperança de que se esqueçam
So para nunca pensar mal

Escondem-se na escuridão
Nos entre meios do vento
Esfriando o seu coração
Andando perdidos no tempo


Escrito por; ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

sexta-feira, 19 de julho de 2019

MINHA CIDADE





Falar da minha cidade
Tenho muito que contar
Recordando com honestidade
Sem nunca me enganar

Porto lindo belo e saudoso
É de ti que estou a contar
Com teu rio sinuoso
E vielas de espantar

Avenidas umas poucas
uns largos e bonitos jardins
Ruas largas e estreitas é de loucos
Mas, lindas mesmo assim

Turistas são aos mil
Fotografando esta minha cidade
Para mostrar ao mundo civil
Este povo tripeiro e sem maldade



   

sexta-feira, 15 de março de 2019

DESILUDIDO






Mesmo na minha idade
Sonha  se  com um grande amor
Daqueles  com toda a honestidade
Muita   virilidade e fervor .

Noites e noites  de  imaginação
Ate  ao  amanhecer  que esta amar
Cansado  de tanta  emoção
Com dores, de nao  ter  nada ao despertar

No raiar  do  sol  e sem calor
De humanidade  e  sentimental
Frustrado  por nao ter amor
Nem contacto  corporal

vai vivendo assim desiludido
Ausente  em tudo nesta vida
Mesmo assim sorrindo
Pela idade  à muito sentida.


Escrito por; ARMANDO JORGE  SILVA  MARQUES

VONTADE






Todos  sem  exceção
Sonham  de tudo  na vida
Trabalho, dinheiro, amor no coração
Ate com uma mulher resolvida.

Tentam constantemente a sua mudança
Pensando cada vez melhorar
Ate nos filhos, para herança
Para a familia prolongar

Mas, ao longo de todo o percurso
Nada sai com se quer
Gozam connosco so por abuso
Outros ate sem querer

Na ansiedade de vencer
Com honestidade e dignidade
lá continuará  sem ver
há sua volta, onde está  a maldade



Escrito por; ARMANDO JORGE SILVA MARQUES    

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

PORTO







Sou de uma cidade
Que fica retida
Na tua memoria e idade
Pela luxúria nela vivida.

Pessoas muito cativantes
Nas ruas estreitas e magras
Tasquinhas como antes
Cafés e snacks nas mais largas

Normalmente caminhantes
Nessas ruas em montanha
Vendo de loja em loja
Por esta cidade tamanha

PORTO, de seis pontes
Freixo, São Joao e Maria Pia II
Infante, Luís I e Arrábida
Sem conseguir ver tudo num so dia.

Escrito por; ARMANDO JORGE SILVA MARQUES