quarta-feira, 22 de abril de 2015

LUTAREI




O homem sem fé, sem sentimento, sem querer
É como um navio à deriva em pleno mar
Açoitado pelas vagas e que não quer ver
Por mais que receba, tem medo também de dar.

Lutar, sofrer Amar, querer com convicção
São peças da vida, talvez uma ilusão
Mas, se o coração é generoso e puro
Soltai velas, porque agora o mar é mais seguro

Muitas vezes te segui, sem saber se o fazia
Pelo gosto de te ver, tão feliz nesse teu mundo
Ou, apenas, queria afogar o que sentia
Afastar o desespero entrar em coma profundo

Para esconder-me da realidade
Fui o que fiz tantos anos, na Alma
Agora dentro mim entrastes e cheio de vontade
Lutarei, para que fique eternamente acesa a chama

Escrito por, ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

sexta-feira, 17 de abril de 2015

PORQUÊ




Que fizestes tu, ao nosso Amor
Se estou mais triste e amargurado
Sinto e sofro esta imensa dor
Cada vez mais apaixonado

Porquê, porque este nosso amor
Se desde que entrastes no meu ser
A tua própria vida,
E sinto-a feliz aquecer
As portas da alma são fechadas
Para não te deixar sair do meu ser
Por tanto te querer

Diz-me então porquê, toda esta amargura
Sem que nossos corações não deixem de se manifestar
Dos dois meses que temos vivido, com tanta loucura
Por todo a emoção do nosso amar

" Te fiz líquido em mim
Me fiz preso de ti
Sussurrei teu nome
Doce e suavemente
No vazio que em mim deixastes.



Escrito por, ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

quarta-feira, 15 de abril de 2015

DOURO



  

Dizem que sou tripeiro
Nesta cidade em que nasci
Dá, hás terras de vinhateiro
Douro, rio em que cresci

Sinuoso no seu entender
Com águas verdejantes
Sempre com pressa e a correr
Mas, já não és como antes

Interromperam-te nas entranhas
Criando a meio, bacias
Com barragens tamanhas
No percurso que tu fazias

O meu Douro puro
Rio limpo e peixe farto
Agora, poluído e sujo
Que já nem peixe eu caço.


Escrito por, ARMANDO JORGE SILVA MARQUES


terça-feira, 14 de abril de 2015

HONRA





Diz o povo com altivez
Ditados, por ele ouvido
Revelando total mesquinhes
Quando mesmo não dá sentido

Vasto vai quem argumenta
Palavras e gestos com afirmação
Por cada ponto, aumenta
Mesmo até chorando com o coração

Para na vida se levantar
Nesta sociedade amaldiçoada
Que não quer acreditar
No mal, que já á muito acompanhava

Na destruição massiva
Mesmo na tenra idade
Não deixando que se viva
Com honra e honestidade


Escrito por, ARMANDO JORGE SILVA MARQUES



quinta-feira, 9 de abril de 2015

RUMO





Rumarei para terras longínquas
Em busca do desconhecido
Na resolução de problemas, Minguas
Que ocorreram sem sentido

Numa vida atribulada
Muito mal resolvida
Por isso tem que ser trabalhada
Para que não seja distorcida

Que trago no dia-a-dia
Para que todos vejam
 Enganando a sociedade, vivida
Com relâmpagos, quando troveja

Ficarei assim liberto
De almas aprisionadas
Neste meu sincero, coberto
Desta simples fachada.



Escrito por, ARMANDO JORGE SILVA MARQUES 

segunda-feira, 6 de abril de 2015

CAROLINA



Nas margens do rio Douro
Mais para o lado sul
Estava a Carolina em terras de Mouro
Debaixo de um lindo sol e céu azul

Olhava para as águas
Vendo-as correr para a foz
Ao mesmo tempo pedindo tréguas
Das suas brincadeiras com, nós.

Por mais que se ralhava
Ela teimosa insistia
Inclinando-se constantemente sobre a malha
Que separava este dia.

Chegando-se mais para a beira
Tomou um grande susto
Era então uma centopeia
Querendo subir seu busto.




Escrito por, ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

SILÊNCIO




Em silêncio e olhando o rio Douro
Para o reflexo das águas,
Brilhava em vários tons, um deles Ouro
Pensava eu! Nas minhas mágoas.

Foi quando, senti-me caminhar
Naquele manto verde
Como uma estrada, estava a sonhar!
Correndo, porque tinha sede.

Sede da vida e de continuar a viver
Na esperança sentida
Na força do meu querer
Por mim, já sofrida

Desejo amar fortemente
Para ter um amor eterno
Que ame todo o meu ser somente
Como foi o Materno.



Escrito por, ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

quinta-feira, 2 de abril de 2015

O PRINCIPIO

  

Quando passava por dentro do corredor
Onde minha família morava
Trv. Nova da Estação 22 casa 7, com muito Amor
Era a única coisa que minha MÂE melhor dava.

Sua família materna, era a que mais reclamava
Pai, Mãe, sobrinhos e filhos perdidos
Nos Guindais, por causa da muralha
No seu derrube aprisionando seus Espíritos

Anos passados e mal compreendidos
Num problema que não lhes pertenciam
Debaixo das pedras, enterrados e perdidos
Assim suas Almas me diziam.

“Tens todo o poder,
De então nos salvar.
Para a luz nos devolver,
Para nosso DEUS PAI nos amar.”


Escrito por, ARMANDO JORGE SILVA MARQUES





quarta-feira, 1 de abril de 2015

A CONFISSÃO

foto de Alcindo Vieira



Parece impossível, mas tudo pode acontecer
Bruxos/as não há, mas? No meu caso é a diferença
Tudo começa logo ao nascer
Um segundo apenas para que tudo aconteça

Dizer que tenho a lembrança
Seria já pura mentira
Cresci e sinto a presença
Esse sentimento já ninguém me tira

Só quando tinha Quatro anos
É que comecei a ouvir tanta confusão
Já escutava meus Anjos e Manos
Dentro do meu coração

Embaraçavam a minha vida
Por tanto comigo falar
Família, rapaz ou rapariga
A sua historia queriam contar.


Escrito por, ARMANDO JORGE SILVA MARQUES