terça-feira, 22 de janeiro de 2013

POEMA DO NADA


   

Os dias continuam estupidamente sombrios
O sol está escaldante mas, há frio na Alma…
As horas passam rápidas e devagar
Quero estar só! Não quero ver ninguém
Não quero que me roubem o sofrimento e a dor
São meus, Sim só meus!
Quero abraçar me a eles, embrulhar me neles numa osmose total.

Sadios prazeres que me fazem viver…
Quem sabe! Talvez morrer?
Lagrimas? Secaram!
Já nem elas me acompanham
Sei que tudo o que escrevo, é horrível
Estou tão cansado, tão cansado…
Rasgo papeis! Deito fora a caneta,
Fecho então os olhos, morro aos bocadinhos,
Quero o possível e o impossível.

Isto é um poema? Que poema?
Poema do nada, do nada, do nada…
Estou preso numa gaiola sem grades…
Queria apenas ser uma pedra
( Como diria Fernando Pessoa)
Uma pedra é apenas uma pedra
Não sabe que existe, não sente nada,
Mas eu existo e sei que existo
Por isso vivo, por isso penso por isso sofro.

Está o telefone a tocar! A tocar! A tocar,
Não quero ouvir ninguém!!.
Pego lhe! Com ansiedade e raiva,
De repente, o Céu abre se em azul,
Comecei a sentir azul, azul
A pensar azul, azul, azul
E fui vestir o fato azul
Até quando?


Escrito por, ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

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