sexta-feira, 2 de novembro de 2012

RENUNCIA




Vou renunciar ao que me parece belo,
Àquilo que me parece bom e certo,
Que me fascina, mas alucina-me.
Àquilo que, se perto, não apalpo;
Se longe, não alcanço.
A esperança de haver-me encontrado,
a certeza de ainda estar perdida.

Fujo dos conceitos que me citam,
Busco os princípios que retractam minha vida.
Uma vida mal vivida,
Quero romper por outra vida,
Mas na mesma, vou vivendo, sem ter vida...

Dos valores; os mais caros!
Dos preços; os que mais altos são.
O que é a busca de uma vida correta,
É a certeza de muita solidão!

Ainda que lágrimas e não cabeças, rolem.
Ainda que emoções e não pessoas se despedacem,
Ainda que um grito no peito sufoque,
E na minha angústia o meu se acabe.

Que elos e vínculos sejam quebrados,
Que para o proibido não exista tolerância,
Que a sensatez domine, tome posse! 
E a razão afogue a esperança. 

Escrito por;  ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

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