sábado, 12 de outubro de 2013

SOU HOMEM



Senhora, buscai em meu corpo, teu desejo louco
Porque sou homem, não sou santo, por isso, a ti abro meu manto,
Se, beberes na bruma da manhã, desse prazer que não é pouco
Deitarei meu corpo, em teu leito, causando-te espanto.

Em desalento, mesmo distante do legado em jeito,
Faça de meu corpo a sua moradia como febre em estadia,
Lânguida minha pele, com delírios, me deito,
E de belo agrado, aninho-te, em meu pulsante peito

Serei teu pecado, não sejas mulher ternura,
Na cama, tuas vontades recebo, como melhor criatura
Pecai, bastante, por prazer não perdes a candura
Enquanto todo seu tempo dura

Faça da carne a musica como escultura, moldar
Do poema, um rio, solto em direção ao revolto mar,
Solte o leme da escuna, naufrague nas ondas desse lindo namorar
E descarregue todo o seu Amor, com fluidos do seu suar.



Escrito por;  ARMANDO JORGE SILVA MARQUES

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