sábado, 22 de outubro de 2011

O ROSTO


   




Para no trabalho lutar
meu corpo, já cansado
do espelho mostrar
mesma vida, não soldado
mas, continuidade e reflexão
sofre meu coração.

Meu rosto marcado
pela amargura.
Na inocência, deslocado
falta ternura
sorriso, não mais ver
sisudo, podem crer.

No silencio, meu cérebro
divaga o movimento, familiar
na escuridão, teu cedro
correndo, paira no ar.
Com pensamentos, lá longe
imagens coloridas de hoje.

No céu azulado, com manchas
nuvens carregadas, no infinito
estrelas vagueando, nas rachas
profundezas, cá do sitio,
com chuvas reluzentes,
caindo de todos, os afluentes.

Com tudo isto apenas,
lágrimas no silencio
destas pupilas pequenas
no ar, cheiro a incenso,
marcado pela solidão
apertado está o peito ( coração).

Escrito por; ARMANDO JORGE S. MARQUES


Sem comentários:

Enviar um comentário