Os dias continuam
estupidamente sombrios
O sol está escaldante
mas, há frio na Alma…
As horas passam rápidas
e devagar
Quero estar só! Não
quero ver ninguém
Não quero que me roubem
o sofrimento e a dor
São meus, Sim só meus!
Quero abraçar me a
eles, embrulhar me neles numa osmose total.
Sadios prazeres que me
fazem viver…
Quem sabe! Talvez
morrer?
Lagrimas? Secaram!
Já nem elas me
acompanham
Sei que tudo o que
escrevo, é horrível
Estou tão cansado, tão
cansado…
Rasgo papeis! Deito fora
a caneta,
Fecho então os olhos,
morro aos bocadinhos,
Quero o possível e o
impossível.
Isto é um poema? Que
poema?
Poema do nada, do nada,
do nada…
Estou preso numa gaiola
sem grades…
Queria apenas ser uma
pedra
( Como diria Fernando
Pessoa)
Uma pedra é apenas uma
pedra
Não sabe que existe,
não sente nada,
Mas eu existo e sei que
existo
Por isso vivo, por isso
penso por isso sofro.
Está o telefone a
tocar! A tocar! A tocar,
Não quero ouvir
ninguém!!.
Pego lhe! Com ansiedade
e raiva,
De repente, o Céu abre
se em azul,
Comecei a sentir azul,
azul
A pensar azul, azul,
azul
E fui vestir o fato
azul
Até quando?
Escrito por, ARMANDO
JORGE SILVA MARQUES
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