Sinto me neste momento,
Numa solidão total,
Buscando no pensamento,
As recordações de um passado,
Não longínquo mas apodrecido
Pelo que passa dentro daquela
casa,
Na busca de elementos que eu
sentia
Corrente, nos melhoramentos, que
escrevia.
Minha visão, era espontânea
Vislumbra, um virar da paisagem
Da noite, para o dia,
Tons verdes, azul, amarelo e
escuridão
Surgem reflexos lá longe,
De uma silhueta bem alta,
Casa no alto, branca, mesmo no
centro do nevoeiro
Por mais que olhe, em nada é feio.
Mais perto, brilham objectos
cintilantes,
Que circundam na estrada, quatro
rodas marcantes,
Pela velocidade da luz mas,
distantes
Bicos de arvoredo, como poste
virados ao ar
Parecendo desta janela, como
picos,
Na busca de nos querer matar,
Nos campos, extensos e
verdejantes
Nada, por mais que olhe é como
antes.
O sol, reflete nas ombreiras
Criando sombras obscuras,
Cegando piedosamente as
sobrancelhas
Para que não veja, há minha volta,
Tudo quanto passa, no seu
interior, a podridão
Mesmo até, por aqueles que se
desgraçam,
Casa grande, branca e escura,
avermelhada
Por muitos, que por lá passam,
amaldiçoada.
Pelas recordações, antes passadas
Interior, marcante na vida
Movimento constante, (entrar e
sair)
A cada momento, caras novas,
Notícias do mundo, na volta
Por todo aquele tempo, que
andaram á solta,
Agora? Tarde de mais, passado,
Liberdade querida, foi só um
bocado.
É possível me encontrar
Porque estou parado,
Restrito a movimentos físicos,
Dentro de um pavilhão fechado,
A ideais, completamente diferentes
A todos quantos aqui passam, as
gentes,
Sou um só, na imensidade da
solidão
Escrevendo palavras, que saem do
coração.
ESCRITO POR, ARMANDO JORGE SILVA
MARQUES
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