A
solidão, às vezes nos atormenta.
E destrói o sonho, numa manhã calma
Como essa tristeza do primeiro dia, no
desemprego.
Daquele momento em diante a vida deixa de ter
sentido.
Mas,
ao passar pela escola cá do sitio, parei no portão,
Vi
um jovem quando ele beijava uma garota lá do colégio.
E a convidava para um quarto de hotel,
Num
último olhar, quando ela desapareceu.
Fiquei a pensar! Estas crianças! Que havemos de fazer!
Às
vezes, tenho a recordação de quando era jovem também, quantos, quantos sonhos?
Às vezes, neste porto sem sentido ao longo de
todos estes anos paramos para sonhar,
mas?
Tudo
aconteceu diferente e sem que alguém quisesse ou deixa-se mudar
Um
só dia seria suficiente, para ter a certeza de que o caminho escolhido não seria,
O
último a ser capaz de dizer: eu amo, estou esperando, não se esqueça
Cansado
de loucas tempestades, como o bêbado num navio no alto mar,
Já
não quero nada, mas um grande silêncio.
E
alguém que entenda a minha dor sem nome,
Alguém
que ouça a minha saudade sem palavras;
Alguém
que viva com uma brilhante alma, protegendo-a
Sem
remover a paz de Deus descansando sobre a Paixão,
Alguém
com o coração numa fúria calma,
Para
que possa colocar nas suas mãos meus olhos
Humedecidos e misericordiosos.
Mas,
Onde está? Esse alguém! -Depois de um silêncio.
Qual
o caminho? Oh, quão cego! Simplesmente
seguirei em frente.
Porque
todos os meus caminhos vão dar a essa imaginação,
É
difícil agora encontrar esse ser tão perfeito aos nossos olhos
É
difícil sim
Daí
ser ou ficar Solitário.
Escrito
por, ARMANDO JORGE SILVA MARQUES