Todo mundo
está tentando enganar-me,
Acreditam
que sabem quem sou.
Mas, por
mais que tentem investigar, não conseguem encontrar-me
Aqueles que
nunca me procurou.
Pois sou a
vossa semelhança
Traduzida
nesta Constância de vida
Desde que sou
criança
Que vejo
todos os dias a minha silhueta refletida.
Posso ver com
os meus próprios olhos,
A deformidade
horrível que reflete no espelho
A pele se
vai enrolando aos molhos
Estragando-me
e fazendo sentir-me mais velho.
Tento olhar
melhor, tento não ver muito
Mas, não
posso! Continuar a esconder o decorrer dos anos
Às vezes,
há tentações para sobremesas, ricas de consumo!
Em que tudo
nos apetece comer? Sem que em nada nos lembramos
Absorvendo
e deliciando frequentemente
Enganando-me
nesta tormenta
Pelo
espelho, refletindo na mente
Neste corpo
que já em nada se a contenta
São anos
que vão passando
De, um Anjo
já crescido
Esquecido
pela crença Divina,« memorando »
Pelos sessenta
anos vividos
Já por isso,
peço a toda a hora
A meu
espelho, envelhecido
Reflete por
favor!!, as imagens de outrora
Para sentir-me
rejuvenescido
E assim com
ar de graça
Os anos vão
passando
Com o Pai,
que comigo engraça
Neste mundo
se desgraçando.
Escrito por,
ARMANDO JORGE SILVA MARQUES